segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Novo ano escutista...

Ora viva...!
Espero que este tempo de interregno das actividades escutistas tenha servido para retemperar as forças e aumentado a vontade de iniciarmos mais um ano de actividades!
Assim, e como deverão ter escutado na Eucaristia... as actividades iniciam dia 11 de Outubro. Para este dia estão previstas as passagens das raparigas e rapazes que já são grandinhos o suficiente para dar o passo seguinte na caminhada rumo à FELICIDADE e.... a dirigentes do CNE!
As inscrições são nos dias 27 de Setembro e 4 de Outubro no final da Eucaristia de São João de Lourosa! Apriveitem... levem um(a) amigo(a) e inscrevam-no(a)!!!

Uma canhota saudosa e amiga!
Paulo França

sábado, 19 de setembro de 2009

A Canhota escutista

Durante o Verão de 1946, um jovem da África Ocidental (actual Namíbia) chamado Djabonar veio a Gilwell-Park, ao Campo Escola Internacional.

Esperava ele vir a ser, mais tarde, Comissário Adjunto da Costa do Ouro.

Quando o Chefe do Campo falava acerca da maneira de se cumprimentar com a mão esquerda, Djabonar contou-lhe como, aquando da queda de Kumassi, capital de Prempeh, rei do povo Ashanti e seu avô, um dos chefes veio ao encontro de Baden-Powell e estendeu-lhe a mão esquerda. B.P. apresentou-lhe a mão direita, mas o chefe disse:

-"Não! No meu país, ao mais bravo entre os bravos, cumprimenta-se com a mão esquerda".

Entre as numerosas explicações do aperto da mão esquerda dos Escuteiros, não há dúvida de que esta narração seja a da sua origem.

Quando da minha estadia em África, em Fevereiro/Março de 1947, encontrei-me com Prempeh II, que havia sucedido a seu tio na qualidade de rei dos Ashantis. Ele próprio havia sido Escuteiro e é actualmente Comissário Honorário.

Perguntei-lhe a origem deste cumprimento que os seus compatriotas trocavam com a mão esquerda e relatei-lhe a história que conhecia.

Ele surprendeu-se que um Europeu a conhecesse e explicou-me que isso era um sinal secreto duma Ordem de Nobreza de raça entre os Ashantis, sendo os seus superiores os mais corajosos e os mais dignos.

Mas este sinal não é limitado aos indígenas Ashantis, porque eu observei este costume, denominado «Owor Ogum». «Owor Ogun» é o deus dos guerreiros e dos caçadores, e, não há muito tempo, quando o Sr. Blair, Administrador Territorial em Ibadam, regressava duma caçada ao leopardo, encontrou um velho caçador que o saudou dizendo «Owor Ogun» e apresentando-lhe a mão esquerda, querendo

significar, desse modo, que o Sr. Blair era um caçador de valor e digno de tomar lugar entre os grandes caçadores.

Em Ife, também o cumprimento com a mão esquerda é dado pelo «Oni» - Chefe Supremo - aos seus sub-Chefes.

Há provavelmente muitos outros exemplos deste costume entre os nativos da África Ocidental, mas é curioso que, se para os maometanos a mão esquerda é impura, ela é, em todas as tribos da África Ocidental, um sinal de honra entre os homens de honra, facto que não foi conhecido senão muitos anos mais tarde e depois duma guerra em que, por toda a parte, os Escuteiros se revelaram «os mais bravos entre os bravos» e dignos de figurar entre os homens de honra de todos os países.

in Flor de Lis, Nov. 1992

sábado, 5 de setembro de 2009